"Guarda-me como a menina dos Teus olhos." (salmo 17:8)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Talvez


Talvez eu venha a envelhecer rápido demais.
Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida.
Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.
Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.
Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais.
Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda.
Mas jamais irei me considerar um derrotado.
Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.
Talvez um dia o sol deixe de brilhar.
Talvez um dia eu sofra alguma injustiça.
Então irei me banhar na chuva.
Mas jamais assumirei o papel de vítima.Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos.
Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas.
Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderem em minha direção.
Mas não terei vergonha por esse gesto.
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes.
Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros.
Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém merece a minha confiança.
Mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho.
Talvez eu perca grandes amizades.
Talvez algumas pessoas queiram o meu mal.
Mas irei aprender que aqueles que real-mente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.
Mas continuarei plantando a semente da fraternidade por onde passar.
Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritmo da música.
Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris.
Mas então, farei que a música siga o compasso dos meus passos.
Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.
Talvez hoje eu me sinta fraco.
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias.
Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.
Mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.
Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música.
Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações.
Mas ficarei feliz com as outras
capacidades que possuo.
Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.
Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se a minha companheira.
Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser.
Mas ao invés de fugir, correrei atrás do que almejo.
Mas passarei a admirar quem sou.
E se ainda não me convenci disso, é porque "ainda não chegou o fim".
Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz e construir uma vida melhor.
Porque no final não haverá nenhum "talvez" e sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia.

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